quinta-feira, 29 de maio de 2008

Riscos de Tomar "Bomba"

Depois de meses suando a camisa todos os dias na academia, você resolve partir para o consumo de anabolizantes esperando conquistar aquele visual tão desejado. Mas será que o uso sem orientação médica de esteróides anabólicos não é um risco para a sua saúde?

"Os anabolizantes são drogas que ajudam na construção de tecidos orgânicos, como a massa muscular. Isso é importante em casos especiais, como, por exemplo, em alguns casos de pós-operatórios de cirurgias extensas ou em pessoas desnutridas", explica o endocrinologista Marcello Bronstein. De efeito rápido, as "bombas" (como são conhecidas popularmente) atraem pessoas em busca de ganho muscular em um curto espaço de tempo. "Os resultados são muito rápidos. Em 20 dias, você já tem alterações bastante significativas", comenta Paulo Zogaib, médico do esporte da Universidade Federal de São Paulo.

Segundo Zogaib, um fisiculturista pode ganhar até 30kg de massa muscular com a combinação de exercícios físicos e ingestão de anabolizantes. "Com o anabolizante, além de ganhar mais massa muscular o indivíduo ainda melhora sua capacidade de treino", complementa. Apesar de não serem drogas ilícitas e que podem, inclusive, ser indicadas a pacientes em casos terminais de câncer ou com queimaduras em mais de 50% do corpo, por exemplo, os anabolizantes significam sérios riscos à saúde quando usados indiscriminadamente.

"Aumento de pressão arterial e da agressividade, sobrecarga do fígado e arritmia cardíaca são alguns dos efeitos colaterais que podem aparecer", alerta Zogaib. Dependendo do tempo de uso e da dose ingerida, alguns efeitos colaterais podem ser irreversíveis, como a atrofia dos testículos ou a involução mamária e hipertrofia (aumento) do clitóris na mulher. "Quando o anabolizante contém hormônio de crescimento pode ocorrer ainda acromegalia. A pessoa fica deformada, com mãos e pés maiores do que o considerado normal", acrescenta Bronstein.

Efeitos colaterais dos anabolizantes: Alteração do colesterol, aparecimento de espinhas, arritmia cardíaca, aumento da agressividade, aumento de pressão arterial, desenvolvimento de pêlos no corpo e sobrecarga no fígado.

Comum aos homens: Câncer de próstata, ginecomastia (desenvolvimento de seios em homens, inibição da produção de espermatozóides, podendo haver atrofia dos testículos em casos mais severos.

Comum às mulheres: Engrossamento da voz, hipertrofia (aumento) do clitóris e involução das mamas.

É Tempo de Infecção Respiratória

Estiagem, frio e poluição típicos desta época dobram número de atendimentos nos hospitais. Os 18 dias de estiagem e as mudanças climáticas típicas deste período já provocam muito mais danos do que apenas transtornos nos transportes. A baixa umidade vem condensando a poluição da cidade na parte baixa da atmosfera, tornando o ar do RJ até 10% mais poluído, de acordo com a Divisão da Qualidade do Ar (Diar) da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feema).

Depois do ápice da epidemia de dengue, os pacientes agora sofrem com infecções respiratórias e, em alguns hospitais, chega a dobrar o número de atendimentos só para doenças pulmonares. Segundo a química industrial Maria Isabel de Carvalho, chefe da Diar, o período de maio a setembro – que concentra massas de ar seco – é mais propício ao desenvolvimento de doenças respiratórias, especialmente entre idosos e crianças.

De acordo com o pediatra e pneumologista Sidnei Ferreira, diretor do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), a partir de abril o número de infecções respiratórias chega a "mais que dobrar" no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da UFRJ, onde trabalha: Além da poluição, as mudanças bruscas de temperatura aumentam muito as infecções respiratórias.

Doenças pulmonares crônicas estão em quinto lugar no ranking de letalidade no Brasil, atingindo cerca de 6 milhões de pessoas e matando, ao ano, em torno de 30 mil. Segundo o meteorologista Lúcio de Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia, a estiagem provocou um fenômeno comum nesta época do ano. Movimentos subsidentes deslocam a massa de ar seco de cima para baixo, concentrando camadas de poluição nas partes mais baixas da atmosfera. Por ficar no litoral, o Rio dificilmente atinge níveis perigosos de baixa umidade.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Novas Armas Contra o Fumo

Um feto morto em meio a vários cigarros e uma família sofrendo ao ver o pai internado são algumas das novas imagens de advertência que virão nas embalagens de cigarros. As peças serão divulgadas hoje, pelo Ministério da Saúde, em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco. O ministério lança ainda a nova campanha publicitária de combate ao fumo, com o slogan “Fique esperto, começar a fumar é cair na deles”.

No Rio, fumar em locais fechados fica proibido a partir sábado, Dia Mundial sem Tabaco. Especialistas apóiam o decreto municipal e dão dicas de como se livrar da dependência do tabaco. “O tabagismo mata 200 mil brasileiros ao ano por diversas doenças, principalmente por câncer, doenças cardiovasculares e enfisema pulmonar.

Parar de fumar não é fácil, mas é possível”, diz o pneumologista Ricardo Meirelles, da Divisão de Controle do Tabagismo, do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Segundo ele, a primeira semana sem fumar é a mais difícil de ser vencida devido à falta da nicotina. “O início é pior porque a fissura por cigarro é mais intensa. Mas ela dura cinco minutos. Ou seja, o paciente precisa resistir a esses cinco minutos sem fumar”, alerta. E na primeira semana a fissura ocorre várias vezes por dia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta hoje ao Governo federal série de recomendações para aprimorar a política de controle do tabagismo. O documento contém censuras à política brasileira para o setor. E vai sugerir que o Brasil reveja a prática de preços para cigarros e acelere a implantação de ambientes livres de fumo. Essas duas medidas, combinadas, são consideradas essenciais para reduzir e prevenir o tabagismo mundialmente. Embora tenha exercido a liderança durante anos na adoção de ações de combate ao consumo de cigarro, o Brasil ainda mantém dois pontos vulneráveis.

O preço do cigarro brasileiro é um dos mais baratos do mundo, o que favorece o consumo do tabaco, principalmente entre os jovens. No Rio, estão programados eventos com alertas sobre os males do tabagismo.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Pó Regenerador é Esperança Para Amputados

Um pó a base de bexiga de porco é a nova esperança para a regeneração de tecidos humanos. O caso que ilustra a descoberta é de Lee Spievak, 69 anos (na foto), que perdeu, há três anos, a ponta do dedo médio da mão esquerda e viu o membro se regenerar a partir do uso do produto.

Também conhecido por matriz extra celular, o pó já é usado em cavalos para curar ferimentos e foi receitado ao homem com o dedo cortado pelo seu irmão, que era veterinário e morreu há dois meses. Spievak conta que aplicou o pó todos os dias no ferimento e viu o local se regenerar em quatro semanas, recuperando até a sensibilidade e a impressão digital.

Segundo ele, a única diferença é que a pele do dedo "novo" não é tão ressecada quanto a original e ele tem que cortar as unhas desse dedo mais freqüentemente. O tratamento começou na universidade de Pittsburg, na Pensilvânvia, e é fruto do trabalho de mais de 20 anos de pesquisadores. Foram eles que descobriram as propriedades regenerativas das células internas da bexiga e do intestino do porco.

Um teste com a matriz extra celular está sendo feito atualmente em soldados americanos que voltaram das guerras do Iraque e do Afeganistão com dedos das mãos amputados. Segundo os pesquisadores, o resultado deve ser conhecido em 12 meses.

domingo, 25 de maio de 2008

Automedicação Pode Fazer Mal à Saúde

Aos primeiros sinais daquela ‘dorzinha de cabeça’ chata e persistente, sempre aparece um amigo, parente ou vizinho bem-intencionado para sugerir um remédio infalível. Mas o que o ‘médico de plantão’ não desconfia é que tomar medicamentos por conta própria ou aceitar a sugestão de terceiros pode ‘mascarar’ uma doença mais grave, adiar o diagnóstico correto e causar dependência. Em alguns casos, a automedicação pode provocar desde alergias e intoxicações até a morte do paciente.

No Brasil, segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), os remédios ocupam o primeiro lugar no ranking de casos de intoxicação. No estudo mais recente, de 2005, os remédios provocaram 25,96% do total de alergias e intoxicações no País. “A cada 200 casos de intoxicação por remédio, pelo menos um leva à morte. E crianças até cinco anos são as maiores vítimas, respondendo por 30% dos casos. Na maioria das vezes, os principais responsáveis são os pais, que chegam a adulterar remédios de adultos para fazer efeito em crianças”, afirma Rosany Bochner, coordenadora do Sinitox.

Na opinião de especialistas, a grande variedade de medicamentos à venda nas farmácias sem exigência de prescrição facilita o acesso de quem procura alívio imediato para uma dor de cabeça aqui ou uma indisposição estomacal acolá. Não é à toa que os recordistas da automedicação são os remédios de venda livre ou OTC’s (sigla em inglês para ‘Over the Counter’ ou ‘Sobre o Balcão’): analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios.

“Todo e qualquer remédio, por mais inofensivo que pareça ser, tem riscos, contra-indicações e efeitos colaterais. Chega a ser engraçado quando pergunto ao paciente se já tomou algum remédio e ele diz: ‘Ah, doutor, só uma aspirina’. As pessoas não têm noção de que uma simples aspirina pode causar úlcera hemorrágica, distúrbios de coagulação e até problemas no funcionamento dos rins”, alerta Alfredo Salim Helito, clínico geral do Hospital Sírio-Libanês.

A arquiteta Josiane de Lima Machado, 47 anos, é um exemplo de quem já sofreu reação alérgica devido à automedicação. Por causa das dores nas costas e na cabeça, sempre fez uso contínuo de remédios de venda livre, como analgésicos e antiinflamatórios. “Cheguei a tomar uma média de três comprimidos por dia, de 6 em 6 horas, para conseguir trabalhar. E, mesmo assim, as dores não passavam. A medicação só aliviava meu sofrimento”, lembra Josiane.

Foi assim até o dia em que a arquiteta começou a apresentar inchaço nas pernas e descobriu que havia desenvolvido alergia às substâncias dipirona e diclofenaco. O jeito foi se submeter a tratamento de desintoxicação. “Por diversas vezes, cheguei a ser internada às pressas e as dores só iam embora quando eu tomava morfina. Se eu fosse ao médico toda vez que passasse mal, não faria outra coisa da vida. Por isso mesmo, passei a tomar alguns remédios por conta própria. O pior é que, com o passar do tempo, os medicamentos deixaram de fazer efeito e eu tive que aumentar a dosagem”, diz.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Doenças Custarão US$ 50 Bilhões ao Brasil nos Próximos Dez Anos

Doenças como diabete, obesidade, câncer e problemas cardíacos custarão ao Brasil quase US$ 50 bilhões nos próximos dez anos. Hoje, ministros de 191 países abriram a Assembléia Mundial da Saúde em Genebra para traçar estratégias sobre como garantir que esses prejuízos, principalmente para os países emergentes, sejam reduzidos. Os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que, pela primeira vez, doenças não-transmissíveis passaram a afetar mais pessoas no mundo e matar um número maior que as doenças como Aids, tuberculose ou malária.

"Normalmente associamos países em desenvolvimento com doenças infecciosas. Mas cada vez mais cresce o número de mortes por doenças não-transmissíveis", alerta Ties Boerma, diretor do departamento de Estatística da Organização Mundial da Saúde. Segundo os dados, a falta de atendimento público em muitos países obriga as pessoas a buscar alternativas privadas. Para pagar por tratamento, cerca de 100 milhões de pessoas são colocadas na pobreza.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças crônicas são hoje responsáveis por 60% de todas as mortes no mundo, e problemas como obesidade e diabete não são apenas doenças de países ricos. Nos próximos 25 anos, essas doenças vão matar 47 milhões de pessoas por ano, com altos custos para as economias. O cálculo da OMS é feito a partir da redução na capacidade produtiva das populações, além dos custos médicos para os sistemas de saúde que a explosão dessas doenças pode representar. No Brasil, o cálculo fica em torno de US$ 50 bilhões em dez anos. Na China, o custo poderá chegar a US$ 558 bilhões, contra US$ 237 bilhões na Índia.

Além de mais pobres, os países emergentes terão um custo bem superior ao dos países ricos para tratar desses problemas. Na Inglaterra, por exemplo, os prejuízos não devem passar de US$ 33 bilhões. Para tentar reverter a tendência, uma das estratégias da OMS é a de convencer o setor privado a também se envolver e estimular padrões de vida mais saudáveis. A idéia é que empresas, principalmente as multinacionais, adotem práticas para garantir boa saúde entre seus funcionários.

sábado, 17 de maio de 2008

Uso de Cobre Pode Evitar Infecções Hospitalares

Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de pacientes que contraem infecções hospitalares no Brasil é de 13%. A situação é tão grave que, em 1999, o Ministério criou o Dia Nacional do Controle de Infecção Hospitalar, realizado em 15 de maio, com o objetivo de conscientizar os profissionais de saúde sobre as infecções hospitalares. A data mostrou-se tão relevante que está sendo transformada em lei neste ano.

O único estudo a respeito do tema foi realizado em 1994, pelo Ministério da Saúde, com 90 hospitais de médio e grande porte, e detectou que em torno de 13% dos pacientes internados contraíam as IHs.

Outro estudo, realizado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), também da mesma época, demonstrou que cada caso onera o sistema em até US$ 1,4 mil, em média, além de aumentar a internação hospitalar em torno de 14 dias. No entanto, a crescente incidência de infecção hospitalar é um problema registrado em todo o mundo, independentemente do nível de desenvolvimento do país. Nos Estados Unidos, por exemplo, dos 2 milhões de americanos que contraem esse tipo de infecção, por ano, 100 mil são vítimas fatais, custando aos cofres públicos cerca de US$ 30 bilhões.

Por esse motivo, o governo americano está investindo em pesquisas que possam descobrir soluções eficazes para minimizar a ocorrência desse tipo de infecção nos centros médicos. Uma das novas descobertas, feitas pela Enviromental Protection Agency (EPA – Agência de proteção Ambiental dos Estados Unidos, em livre tradução), que legisla sobre a saúde pública daquele país, é o uso do cobre no combate às infecções.

No início de abril, o órgão aprovou o registro de ligas de cobre antimicrobiano, afirmando que beneficiam a saúde pública. Dessa maneira, o cobre passa a ser o primeiro metal bactericida do mundo. O registro da EPA baseia-se em testes de laboratórios independentes que utilizam protocolos estabelecidos por essa instituição e demonstraram a capacidade do cobre em destruir algumas das principais bactérias causadoras das infecções hospitalares, como: Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA), Enterobacter aureus, Escherichia coli e Campylobacter jejuni.

Segundo a EPA, quando as superfícies de ligas de cobre antimicrobianas, próximas aos pacientes, são limpas com regularidade, elas destroem mais de 99,9% das bactérias (específicas) dentro de um período de duas horas e continuam destruindo mais de 99% delas mesmo depois de repetidas contaminações.

As superfícies de ligas de cobre antimicrobianas são mais duráveis que outros revestimentos elaborados com materiais químicos, que podem desgastar-se ou rachar. A identificação e utilização de materiais de superfície - como camas, cadeiras ou mesas -, que proporcionam proteção antimicrobiana contínua e se ajustam às exigências do uso diário podem ajudar a reduzir a presença de bactérias infecciosas.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Canadá Proíbe Plástico Tóxico

O governo canadense, desde o último dia 18 de abril, declarou o Bisfenol A uma susbstância tóxica. A partir desta ação o governo canadense estará proibindo a comercialização de mamadeiras, chupetas e outros artigos para bebês que contenham plásticos com Bisfenol A. O bisfenol A vem sendo motivo de discussão em todo o mundo a partir de relatórios, muitas vezes contraditórios, de analistas e comitês de especialistas, convocados por ministérios e orgãos de controle toxicológico.

A substância está presente em alguns tipos de plásticos, e seria liberada a partir do contato dessas embalagens com líquidos aquecidos e detergentes utilizados em sua limpeza. O bisfenol A age no corpo humano como se fosse um hormônio semelhante ao estrogênio. A exposição a níveis elevados de forma constante pode trazer alterações na produção de espermatozóides, puberdade precoce e risco aumentado de câncer de mama e próstata.

A discussão tem sido feroz, com números sendo literalmente "disparados"de lado a lado. O Centro de Controle de Doenças, de Atlanta, nos Estados Unidos, encontrou a substância em 93% das amostras de urinas de adultos e crianças testadas no período de 1988 a 1994.
O limite de segurança aceito para ingestão do Bisfenol A, pela Agência Ambiental Americana (EPA) é de 50 ppb/dia (partes por bilhão, por dia).

Uma criança alimentada através de mamadeiras fabricadas com plásticos com o produto, pode ingerir algo em torno de 13 ppb/dia. Alguns pediatras consideram esse limite perigoso, pois faltam estudos de seu impacto em humanos, somente existindo pesquisas em animais. De qualquer forma fabricantes e distribuidores de produtos plásticos se mobilizam e respondem à pressão do mercado.

O Bisfenol A está presente em muitos tipos de plásticos, o consumidor pode identificar as embalagens através de um número presente em todas as embalagens plásticas. Esse número geralmente está gravado no fundo da embalagem e identifica o tipo de plástico utlizado em sua composição e sua indicação, ou não, de reciclagem. Os plásticos de números 3 e 7 são os que trazem maior risco de liberarem Bisfenol A após o contato com líquidos aquecidos ou detergentes fortes.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Viagra Pode Ajudar Pessoas Com Distrofia Muscular

Testes em camundongos sugerem que princípio ativo dá mais força cardíaca a doentes. Nesses pacientes, principal causa da morte é parada de respiração e do coração. O sildenafil, princípio ativo do Viagra, pode ser útil para uma causa ainda mais nobre do que a melhora da vida sexual entre idosos. Pesquisadores liderados por Christine Des Rosiers, do Instituto do Coração de Montreal (Canadá), verificaram que a molécula tem potencial para reduzir os danos às células do coração em pacientes com distrofia muscular, doença degenerativa hoje incurável.

Na pesquisa, que está na edição desta semana da revista científica "PNAS", os cientistas canadenses estudaram o problema em camundongos que possuem uma forma da distrofia muscular de Duchenne. Nesse tipo de doença, ocorre uma inutilização progressiva dos músculos, que atinge primeiramente os que podem ser contraídos de forma voluntária (como os dos braços e pernas) e acaba chegando aos músculos involuntários, como os que controlam a respiração e os batimentos cardíacos. Com isso, o paciente acaba morrendo.

Segundo a pesquisa, o sildenafil melhora a função cardíaca dos roedores com distrofia ao impedir a degradação de uma substância sinalizadora produzida pelo organismo, a cGMP. É a mesma molécula que relaxa os músculos involuntários e aumenta o diâmetro dos vasos sangüíneos do pênis em pacientes que tomam Viagra. Os pesquisadores esperam que esse mesmo efeito impeça ou, pelo menos, retarde paradas cardíacas nas pessoas que têm o problema.

domingo, 11 de maio de 2008

17 Filhos e Mais Um Por Vir

Ter 17 filhos já um recorde, mas todos os nomes começando com a letra J, já é um outro desafio. Pois, Michelle Duggar, 41 anos, moradora da cidade de Tontitown, no estado de Arkansas, nos EUA, conseguiu cumprir os dois desafios. Ter 7 meninas e 10 meninos e todos os nomes começando com J. Os nomes são: Joshua (20), os gêmeos Jana e John David (18), Jill (16), Jessa (15), Jinger (14), Joseph (13), Josiah (11), Joy Anna (10), os gêmeos Jeremiah e Jedidiah (9), Jason (7), James (6), Justin (5), Jackson (3), Johannah (2) e Jennifer com 9 meses. O 18ª filho está sendo aguardado para o dia 1 de Janeiro de 2009. A sra. Duggar ficou grávida seguidamente por 11 vezes e a sua vida será filmada pelo canal de televisão Discovery Health. Seu marido Jim Bob está ansioso pelo 18ª filho. Todas as crianças estão sendo educadas em casa.
Feliz Dia das Mães!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Pesquisa Avalia Qualidade de Vida na Terceira Idade

A Fiocruz analisou a alta prevalência de doenças crônicas e a incapacidade de realizar tarefas diárias como dois dos principais motivos da perda de independência e autonomia dos idosos. Em trabalho publicado nos Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) avaliaram o problema em cerca de 1,5 mil pessoas com mais de 60 anos do município de São Paulo, das quais 30% afirmaram apresentar dificuldades no exercício das atividades cotidianas.

Os idosos foram questionados sobre características de sua vida atual e pregressa, como presença de companheiros, atividade física e mental, número de filhos, ocupação profissional, consumo de álcool, tabagismo etc. Além disso, apontavam se sofriam ou não de depressão e doenças crônicas como hipertensão, diabetes, câncer e artrose. Em seguida, respondiam a perguntas sobre tarefas diárias como ir sozinho à igreja, fazer compras, lidar com dinheiro, usar o telefone e tomar corretamente as medicações prescritas pelo médico.

Entre os idosos com mais de 75 anos, 48,9% afirmaram ter dificuldade em uma ou mais tarefas, enquanto, para aqueles de 60 a 74 anos, o índice foi de 15,3%. Os resultados também mostraram que os mais velhos sofrem mais com as doenças crônicas e a depressão. Além disso, algumas variáveis significativas foram a etnia – idosos não brancos apresentaram menos dificuldade com as atividades – e a renda, uma vez que níveis econômicos mais altos correspondem a uma vida mais ativa no passado, o que influi na capacidade lidar com o cotidiano na terceira idade.

Em relação ao estilo de vida atual, a prática de atividades físicas mostrou-se um fator protetor contra as dificuldades. “Porém, esse resultado deve ser visto como uma associação de dois fatores – atividade física e problemas com tarefas diárias –, não como uma relação de causa e efeito entre os dois”, advertem os autores. “Indivíduos tendem a fazer mais exercícios físicos se não apresentam outros problemas ligados às atividades do dia-a-dia”.

Outro resultado importante envolve a presença de doenças crônicas. Idosos que reportaram duas ou mais doenças apresentaram duas vezes mais dificuldades do que as pessoas que sofriam de apenas uma. “Isso demonstra o impacto das comorbidades na qualidade de vida dos idosos”, ressaltam os pesquisadores. A equipe da USP acrescenta ainda que a depressão também foi fator importante no aumento das dificuldades com tarefas diárias.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Simetria do Rosto Pode Indicar Melhor Genética

Os homens e mulheres com traços e faces simétricas poderiam ter genes com melhor qualidade, segundo se depreende de um estudo publicado na revista científica de internet "PLoS One" e elaborado entre diversas universidades do Reino Unido. Os cientistas concluíram que a beleza e a atratividade de uma pessoa, avaliada pela simetria de seus traços, são a exigência visual que a biologia utiliza para indicar que homens e mulheres possuem genes de qualidade.

Deste modo, homens e mulheres querem que seus pares sejam bonitos e atraentes, pois, sem saber, seu instinto de conservação da espécie interpreta a beleza como um sinal de qualidade genética que será transferido à geração seguinte. Para fazer a pesquisa, os especialistas utilizaram fotografias de europeus, de membros de uma das últimas tribos de caçadores, os Hadza da Tanzânia, assim como de macacos, e mediram as faces de todos eles. Depois, foi pedido a um grupo de voluntários que julgassem a masculinidade dos rostos com traços mais e menos simétricos.

Eles descobriram que os homens com o rosto simétrico eram percebidos como tendo proporções faciais mais masculinas, e o mesmo ocorria no caso das mulheres. Os pesquisadores concluem que, em geral, todas as culturas tendem a escolher pares com traços simétricos, e isso sugere que esses são indicativos de melhores genes e que o eleito será melhor companheiro.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Gene Aumenta Risco de Doenças Oculares e Renais

Pesquisadores da Universidade de Utah identificaram um gene que aumenta o risco de graves problemas oculares e renais ligados ao diabetes. O gene, chamado de eritropoietina (EPO), responsável pela fabricação do hormônio de mesmo nome, acelera o avanço da retinopatia diabética, uma das principais causas da cegueira irreversível, e a nefropatia, que pode levar a uma insuficiência renal.

O estudo analisou 1.618 pacientes que sofriam dos dois problemas ligados ao diabetes e outros 954 diabéticos, que não desenvolveram tais enfermidades. A pesquisa mostrou que, se a pessoa tem uma cópia do gene mutante EPO, ela sofre mais risco de desenvolver essas duas enfermidades.

A retinopatia diabética é a causa mais comum de cegueira entre adultos nos Estados Unidos e o diabetes é o primeiro fator responsável pela insuficiência renal no país.

O doutor Kang Zhang, que dirigiu a pesquisa, publicada no periódico "Proceedings of National Academy of Sciences", adverte para a ampla utilização de EPO para reforçar a produção de glóbulos vermelhos em pacientes diabéticos com anemia ou que sofram de problemas renais.

"Nosso estudo sugere que é preciso ter prudência quando se mantém um alto nível de concentração de hemoglobina utilizando tratamentos com EPO em pacientes diabéticos, devido ao risco de aceleração do avanço da retinopatia e da nefropatia", destaca Zhang.