sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Homens Detectam Traição Melhor do que Mulheres

Um estudo realizado por pesquisadores americanos sugere que homens detectam a traição com mais facilidade do que as mulheres. A equipe, da Virginia Commonwealth University, na Virgínia, afirma ainda que os homens são mais desconfiados da infidelidade, mesmo quando não estão sendo tríados.

O pesquisador Paul Andrews e uma equipe de especialistas entrevistaram 203 casais heterossexuais com questionários confidenciais. Eles perguntaram aos voluntários se eles já haviam sido infiéis e se suspeitavam ou sabiam que haviam sido traídos. Entre os homens, 29% admitiram já ter traído. Entre as mulheres, o índice foi de 18,5%.

O estudo, reproduzido pela revista científica "New Scientist", concluiu que, além de trair mais, os homens também são mais espertos para captar sinais de infidelidade. Eles detectaram 75% dos casos de traição, enquanto as mulheres identificaram apenas 41%.

Além disso, eles também apresentaram uma tendência maior de desconfiar das parceiras, mesmo quando elas não eram infiéis. Para Paul Andrews, esse comportamento tem uma explicação evolutiva, já que, ao contrário das mulheres, os homens nunca podem ter 100% de certeza sobre a paternidade de seus filhos.

"Quando a mulher é infiel, o homem pode perder a oportunidade de reproduzir, e acabar investindo seus recursos para criar uma prole de outro homem", diz o pesquisador. Em entrevista à New Scientist, David Buss, da Universidade do Texas, diz que o estudo contribui para a teoria de que os homens desenvolveram defesas para detectar a traição, "o que os leva a ser mais cautelosos ao superestimar a infidelidade de suas parceiras".

Cientista Identifica Neurônio Que Reage a Celebridades

Cientistas descobriram que entre os bilhões de neurônios presentes no cérebro existe um que acaba reagindo individualmente quando uma pessoa se depara com a imagem de uma pessoa conhecida. Esse tipo de neurônio, batizado de neurônio Jennifer Aniston (na foto) - em homenagem à atriz que faz Rachel nos seriado americano Friends -, pode ajudar cientistas a entender como as imagens são processadas no cérebro e transformadas em memória.

O estudo, a ser apresentado na Universidade de Leicester, na Inglaterra, constatou, em testes com voluntários, que quando uma pessoa se depara com a foto de uma celebridade, como por exemplo Jennifer Aniston, uma célula específica responde com um aumento na sua atividade de geração de impulsos nervosos.

Quando a mesma pessoa depois recebia fotos de outras celebridades - como Hale Berry, Tom Cruise ou Oprah Winfrey - a resposta vinha em outras células individuais totalmente diferentes. Segundo o estudo do professor argentino Rodrigo Quiroga, neurônios específicos do cérebro reagem imediatamente à imagens familiares, como por exemplo, de parentes, amigos, ou celebridades. "Estou examinando como as informações sobre o mundo externo (o que vemos, ouvimos ou tocando) e nossas próprias representações internas (por exemplo: memórias, emoções, etc) são representadas pelos neurônios no cérebro", disse Quiroga.

"Esses neurônios, normalmente, são bastante silenciosos, mas quando mostrávamos uma fotografia que eles 'gostavam', sua atividade aumentava em até mil vezes", disse Quiroga. Ele ainda descobriu que observando esses neurônios em atividade, era possível supor o que os pacientes estavam vendo - eles literalmente conseguiam "ler" a mente dos pacientes.

"Um dos maiores desafios científicos de nossa época é entender como a informação é representada pelos neurônios no cérebro", diz Quiroga. A pesquisa também mostra como nós conseguimos reconhecer uma pessoa instantaneamente, mesmo se vista de costas, ou de um ângulo diferente, com cores diferentes ou em condições diferentes. "Nesse estudo vimos que os conceitos, ou pessoas, são representados de maneira explícita e de maneira abstrata pela atividade de células singulares.

Isso significa que um determinado neurônio vai entrar em atividade por conta da Halle Berry, não interessa como você a veja, mesmo que ela esteja vestida de Mulher-Gato, ou se você apenas ler o seu nome", explica. "Agora, se um entre bilhões de neurônios reage à Halle Berry, então deve haver outros que reajam a outros conceitos.

O que é surpreendente para a comunidade da neurociência é que neurônios particulares podem representar conceitos de modo tão abstrato." Segundo o professor, na área estudada (o hipocampo), o cérebro "determina" neurônios particulares (não necessariamente um) para coisas diferentes que são relevantes ou conhecidas para o paciente. "Apesar dos progressos espetaculares das últimas décadas, ainda estamos longe de compreender, por exemplo, como os estímulos visuais são processados para criar uma percepção consciente." "Mas nós estamos apenas começando a entender como os neurônios do cérebro são capazes de criar representações tão 'abstratas'", disse ele.

O professor afirma que sua pesquisa tem alto potencial clínico para o desenvolvimento de neuropróteses, como braços robóticos comandados por sinais enviados por neurônios a serem usados por pacientes paralisados. A descoberta também tem potencial para o tratamento de pacientes de doenças como epilepsia, Alzheimer e esquizofrenia, e deve ajudar a compreender melhor como percepções e memórias são representadas no cérebro.

Contato Com Cães Pode Beneficiar Pessoas Com Demência

O contato com cachorros pode melhorar o humor e a qualidade de vida de pessoas com doença de Alzheimer e outros tipos de demência, segundo estudo da Universidade de Queensland, na Austrália. Um projeto conjunto de veterinários e médicos geriatras indicou que o trabalho de um terapeuta junto à presença de um cão treinado em asilos oferece “claros benefícios”. Avaliando nove estudos internacionais sobre o assunto, os pesquisadores observaram que os relatos de resultados mais freqüentes indicavam que o contato com os animais aumenta o comportamento social e reduz a agitação dos pacientes com demência. Além disso, a terapia poderia melhorar o humor e a qualidade de vida e aumentar a saúde auto-relatada pelos pacientes.

De acordo com os pesquisadores, sintomas psicológicos e comportamentais, como agitação, agressividade e falta de atenção são comuns, mas as drogas têm efeitos limitados e os tratamentos não-farmacológicos, como musicoterapia, aromoterapia e terapia cognitiva, têm eficácia modesta. Porém, o estudo indicou bons resultados com a terapia com cães. “Apenas alimentar, cuidar e brincar com o cachorro melhora sua interação social, reduz a agitação e teria outros benefícios também, como reduzir a carga sobre os cuidadores”, destacam os autores. “E considerando que estamos enfrentando uma explosão nas taxas de demência com o envelhecimento da população, precisamos de todas as formas extras de ajudar a melhorar a vida de pacientes com demência”, concluíram.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Lapso de Memória e Redução do Volume Cerebral


Esquecer, de vez em quando, coisas como um compromisso ou o nome de um amigo pode indicar diminuição do cérebro, segundo estudo publicado, esta semana, na revista científica Neurology.
Avaliando o cérebro de quase 500 pessoas que relatavam esquecimento temporário, os pesquisadores descobriram que o tamanho de seu hipocampo – área cerebral importante para a memória e uma das primeiras a ser afetada pela doença de Alzheimer – eram algumas frações de milímetro menores do que o de pessoas que não tinham esses lapsos de memória.

“Essas ocasionais e subjetivas queixas de memória podem ser os primeiros sinais de problemas com a memória e com as habilidades de pensamento, e pudemos descobrir que essas queixas subjetivas de memória estavam ligadas a menores volumes cerebrais”, disse o neurologista holandês Frank-Erik de Leeuw, autor do estudo.

Porém, os especialistas lembram que, na maioria das vezes, esses esquecimentos ocasionais não são sinais iniciais de demência. Por isso, eles destacam que mais estudos são necessários para estabelecer uma possível conexão entre essas queixas, o tamanho do hipocampo e o desenvolvimento de doença de Alzheimer.