sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Bichos de Estimação Motivam Fumantes a Cortar o Vício

Se eles não param de fumar para salvar a si próprios, que tal fazê-lo pelo bom e velho Totó? Uma nova pesquisa sugere que donos de animais de estimação que não pensam em parar de fumar podem se tornar motivados a isso quando informados de que seus animais podem ser afetados ao inalar a fumaça passivamente. “Os donos de animais de estimação nos Estados Unidos são muito devotados a seus bichos,” escreveram os pesquisadores, comandados por Sharon Milberger do Sistema de Saúde Henry Ford, em Michigan.

O estudo aparece na publicação americana "Tobacco Control". A fumaça passiva foi associada a uma variedade de problemas em animais de estimação, incluindo linfomas em gatos e câncer nasal ou pulmonar em cachorros, dizem os pesquisadores. Também se descobriu que pássaros de gaiola sofrem de efeitos daninhos.

Para o estudo, eles conduziram uma pesquisa online por seis meses que obteve respostas de 3.293 donos de animais de estimação, principalmente em Michigan. A pesquisa foi divulgada, entre outros lugares, em petshops e na Sociedade Humanitária de Michigan. No total, segundo a pesquisa, 27% dos respondentes tinham pelo menos um fumante na residência.

Entre os que fumavam, 28% disseram que saber que estavam colocando seus animais em risco os faria tentar parar, e quase 19% não permitiriam cigarros em casa. Quarenta por cento expressaram interesse em informações sobre cigarros e como parar de fumar. As descobertas significam que defensores antitabaco deveriam tentar atingir fumantes em clínicas veterinárias, petshops e locais similares. “Esta nova fonte de motivação poderia ser particularmente forte para fumantes que moram sozinhos na companhia de seus animais,” diz o estudo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Exame do Pulso Pode Prever Ataque Cardíaco em Mulheres

Pesquisadores americanos afirmam que a simples verificação do pulso de uma mulher em repouso pode prever a probabilidade de a paciente sofrer um ataque cardíaco. Os pesquisadores da companhia farmacêutica AstraZeneca analisaram os registros de cerca de 129 mil mulheres que já tinham passado pela menopausa e que não tinham histórico de problemas cardíacos. Eles descobriram que aquelas com os batimentos cardíacos mais acelerados tinham uma probabilidade significativamente maior de sofrer um ataque cardíaco do que as mulheres com batimentos mais baixos.

A associação feita pelo estudo, no entanto, foi mais fraca do que a feita com consumo de cigarros ou diabetes. Entretanto, os pesquisadores afirmaram que a importância desta associação é "grande o bastante para ter significado clínico". Estudos anteriores mostraram que batimentos cardíacos poderiam prever problemas coronários em homens. A pesquisa foi publicada na revista British Medical Journal. Os pesquisadores da AstraZeneca avaliaram mulheres com mais de 50 anos e acompanharam a vida destas por cerca de sete anos.

Neste período eles descobriram que as mulheres sofreram 2.281 ataques cardíacos (fatais e não fatais) e 1.877 derrames. As mulheres com os batimentos cardíacos mais rápidos em repouso, mais de 76 batimentos por minuto tinham 1,6 vezes mais chance de sofrer um problema coronário quando comparadas com aquelas com batimentos cardíacos mais baixos em repouso, abaixo de 62 batimentos por minuto. Esta relação era ainda mais forte em mulheres mais jovens que já tinham passado pela menopausa. As mulheres com batimento cardíaco mais acelerado estavam acima do peso, apresentavam pressão alta, colesterol alto e alto consumo de gorduras saturadas, assim como a incidência de diabetes, fumo e depressão.

As mulheres com os batimentos cardíacos mais baixos eram mais ativas, mas também consumiam mais bebidas alcoólicas do que as outras. A pesquisa "acrescenta o batimento cardíaco aos inúmeros outros fatores de risco conhecidos que influenciam as chances de um ataque cardíaco", afirmou o professor Peter Weissberg, diretor médico da organização britânica British Heart Foundation."O batimento cardíaco de uma pessoa muda de minuto a minuto em resposta a atividades e emoções, então as pessoas não deveriam supor que, se seu batimento cardíaco está alto em um momento em particular, elas correm o risco de sofrer um ataque cardíaco", acrescentou.