
Depois do ápice da epidemia de dengue, os pacientes agora sofrem com infecções respiratórias e, em alguns hospitais, chega a dobrar o número de atendimentos só para doenças pulmonares. Segundo a química industrial Maria Isabel de Carvalho, chefe da Diar, o período de maio a setembro – que concentra massas de ar seco – é mais propício ao desenvolvimento de doenças respiratórias, especialmente entre idosos e crianças.
De acordo com o pediatra e pneumologista Sidnei Ferreira, diretor do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), a partir de abril o número de infecções respiratórias chega a "mais que dobrar" no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da UFRJ, onde trabalha: Além da poluição, as mudanças bruscas de temperatura aumentam muito as infecções respiratórias.
Doenças pulmonares crônicas estão em quinto lugar no ranking de letalidade no Brasil, atingindo cerca de 6 milhões de pessoas e matando, ao ano, em torno de 30 mil. Segundo o meteorologista Lúcio de Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia, a estiagem provocou um fenômeno comum nesta época do ano. Movimentos subsidentes deslocam a massa de ar seco de cima para baixo, concentrando camadas de poluição nas partes mais baixas da atmosfera. Por ficar no litoral, o Rio dificilmente atinge níveis perigosos de baixa umidade.
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