segunda-feira, 21 de abril de 2008

Jejum e Derrame Raro

Fazer jejum prolongado aumenta o risco de um tipo raro de derrame cerebral, de acordo com um estudo de uma universidade iraniana divulgado durante a Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, em Chicago, nos EUA.

O jejum é praticado por mais de um bilhão de muçulmanos durante o mês do Ramadã em todo o mundo. No Ocidente, algumas pessoas acreditam que ficar sem comer seja uma forma de "limpar" o organismo. No entanto, ao analisar as internações em cinco hospitais do Irã ao longo de cinco anos, a equipe da Universidade de Ciências Médicas de Isfahan obteve resultados perturbadores.

Em todos os demais meses do ano, apenas duas pessoas em média eram internadas por trombose do seio venoso cerebral, um tipo raro de derrame. Durante o Ramadã, no entanto, o número subia para 5,5. Essa trombose, bastante incomum, atinge normalmente mais mulheres, crianças e adultos jovens. Entre o grupo internado durante o jejum, no entanto, não houve variação de idade ou sexo.

Para o autor do estudo, Mohammad Saadatnia, passar fome por tanto tempo pode ser a "gota d'água" para pessoas que já possuem outros fatores de risco. "Precisamos de mais estudos para descobrir qual é exatamente a causa", disse ele. "O importante, por enquanto, é que as pessoas e seus médicos fiquem atentos para esse perigo."

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