sábado, 17 de maio de 2008

Uso de Cobre Pode Evitar Infecções Hospitalares

Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de pacientes que contraem infecções hospitalares no Brasil é de 13%. A situação é tão grave que, em 1999, o Ministério criou o Dia Nacional do Controle de Infecção Hospitalar, realizado em 15 de maio, com o objetivo de conscientizar os profissionais de saúde sobre as infecções hospitalares. A data mostrou-se tão relevante que está sendo transformada em lei neste ano.

O único estudo a respeito do tema foi realizado em 1994, pelo Ministério da Saúde, com 90 hospitais de médio e grande porte, e detectou que em torno de 13% dos pacientes internados contraíam as IHs.

Outro estudo, realizado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), também da mesma época, demonstrou que cada caso onera o sistema em até US$ 1,4 mil, em média, além de aumentar a internação hospitalar em torno de 14 dias. No entanto, a crescente incidência de infecção hospitalar é um problema registrado em todo o mundo, independentemente do nível de desenvolvimento do país. Nos Estados Unidos, por exemplo, dos 2 milhões de americanos que contraem esse tipo de infecção, por ano, 100 mil são vítimas fatais, custando aos cofres públicos cerca de US$ 30 bilhões.

Por esse motivo, o governo americano está investindo em pesquisas que possam descobrir soluções eficazes para minimizar a ocorrência desse tipo de infecção nos centros médicos. Uma das novas descobertas, feitas pela Enviromental Protection Agency (EPA – Agência de proteção Ambiental dos Estados Unidos, em livre tradução), que legisla sobre a saúde pública daquele país, é o uso do cobre no combate às infecções.

No início de abril, o órgão aprovou o registro de ligas de cobre antimicrobiano, afirmando que beneficiam a saúde pública. Dessa maneira, o cobre passa a ser o primeiro metal bactericida do mundo. O registro da EPA baseia-se em testes de laboratórios independentes que utilizam protocolos estabelecidos por essa instituição e demonstraram a capacidade do cobre em destruir algumas das principais bactérias causadoras das infecções hospitalares, como: Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA), Enterobacter aureus, Escherichia coli e Campylobacter jejuni.

Segundo a EPA, quando as superfícies de ligas de cobre antimicrobianas, próximas aos pacientes, são limpas com regularidade, elas destroem mais de 99,9% das bactérias (específicas) dentro de um período de duas horas e continuam destruindo mais de 99% delas mesmo depois de repetidas contaminações.

As superfícies de ligas de cobre antimicrobianas são mais duráveis que outros revestimentos elaborados com materiais químicos, que podem desgastar-se ou rachar. A identificação e utilização de materiais de superfície - como camas, cadeiras ou mesas -, que proporcionam proteção antimicrobiana contínua e se ajustam às exigências do uso diário podem ajudar a reduzir a presença de bactérias infecciosas.

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