segunda-feira, 10 de março de 2008

Rebote no IMC das Crianças

Estudo do cardiologista Thomas R. Kimball e colaboradores, apresentado na Reunião Científica Anual da Associação Americana do Coração de 2007 (American Heart Association's 2007 Scientific Sessions), relata que quanto mais precoce é o rebote do índice de adiposidade (rebote do IMC – Índice de Massa Corporal) na criança, maior é a tendência de apresentar fatores de risco cardiovascular ainda na infância.

O aumento do IMC, que ocorre geralmente após 4 e 6 anos de idade, é denominado rebote do índice de adiposidade. Após a perda da “Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite.

O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de "gordura de bebê”, todas as crianças atingem o ponto mais baixo do seu IMC – um período em que a criança fica magra antes de começar a ganhar peso de maneira mais ou menos constante até a idade adulta. Quanto antes elas alcançam este ponto mais baixo do IMC, maior é a tendência de apresentar risco cardiovascular ainda na infância.

A equipe do Kimball's Cincinnati Children's Hospital Medical Center mediu o peso e a estatura de 308 crianças durante quatro anos, a partir da idade de 3 anos. Aos 7 anos essas crianças foram submetidas ao visualizar a morfologia e o funcionamento cardíaco, através da emissão e captação ecocardiograma e a outros exames complementares para avaliar o seu risco cardiovascular.

Os resultados mostraram que as crianças com rebote em idades mais avançadas 5,5 anos eram mais saudáveis. Aquelas com rebote mais precoce – 4,5 anos - eram menos saudáveis. Aquelas com rebote mais precoce mostraram:

· Aumento da massa muscular do ventrículo esquerdo e aumento do tamanho do átrio esquerdo, sugerindo maior esforço cardíaco.
· Aumento da pressão arterial.
· Níveis aumentados de como energia. As células-beta do pâncreasproduzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina, sugerindo um risco maior para desenvolver das células de incorporar glicose. De formasecundária, podem estar afetados o metabolismode gorduras e proteínas. Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativode insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestãode líquidos) e polifagia (aumento da fome).

No grupo de maior risco, as meninas tiveram este rebote em idade mais precoce que os meninos (4,2 anos versus 4,4 anos), sugerindo que crianças do sexo feminino devem receber uma atenção maior de seus pediatras neste aspecto.

O estudo sugere que o IMC deve ser levado a sério por pais e pediatras no monitoramento cardiovascular das crianças. Os médicos devem medir o IMC com mais freqüência. Caso ele esteja alto, os pais devem ser orientados a escolher atividades que façam com que suas crianças se exercitem mais, para evitar danos cardiovasculares no futuro.

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