terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Gravidez e Cafeína

Muita cafeína durante a gravidez pode aumentar o risco da mulher sofrer aborto, segundo um novo estudo, e os autores afirmam que mulheres grávidas podem querer reduzir a quantidade ou cortar de vez. Muitos obstretas já aconselham mulheres a limitar a cafeína, apesar do assunto ser contencioso faz tempo, com estudos conflitantes, dados confusos e várias recomendações dada ao longo dos anos.

O novo estudo, que será publicado na segunda-feira, no Journal of Obstetrics e Gynecology, descobriu que mulheres grávidas que consomem 200 miligramas ou mais de cafeína por dia – a quantidade em 283 gramas de café ou 700 gramas de chá – podem dobrar o risco de um aborto.

Mulheres grávidas deveriam abandonar a cafeína por pelo menos os primeiros três ou quatro meses, disse o autor líder do estudo, dr. De-Kun Li, um epidemiologista pré-natal na Divisão de Pesquisa Permanente Kaiser em Oakland, no estado da Califórnia.

“Se, por qualquer razão, elas não conseguirem, é melhor reduzir para um copo ou mudar para descafeínado”, disse Li. “Largar a cafeína não tem nenhum efeito negativo”. Grupos profissionais como a Escola Americana de Obstetricia e Ginecologia e a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva não tomaram nenhuma posição oficial sobre a cafeína, disseram representantes.

A Dra. Carolyn Westhoff, professora de obstetrícia, ginecologia e epidemiologia no Centro Médico da Universidade Columbia, tem reservas em relação ao estudo, reparando que o aborto é difícil de estudar e explicar. Carolyn disse que a maioria dos abortos resultava de anormalidades de cromossomos, e não havia provas que a cafeína poderia causar esses problemas.

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