terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Poluição do Ar Traz Riscos

Pesquisa realizada pela Heart and Stroke Foundation, no Canadá, mostrou que apenas 13 por cento dos canadenses fazem uma associação entre poluição do ar e doenças cardiovasculares. Enquanto 82% associaram este tipo de poluição com problemas pulmonares e 34% com câncer.

Qualquer aumento de exposição a partículas finas e aerossóis pode ser perigoso. Cada aumento de apenas 10 microgramas por metro cúbico, aumenta a exposição a longo prazo a esses poluentes, o que pode elevar o risco de morte por doenças cardiovasculares e derrame - em alguns indivíduos este risco aumentado pode chegar a 76%. A curto prazo, um aumento diário de 20 microgramas por metro cúbico pode elevar o risco de ataques cardíacos, em 24 horas, em cerca de 70%, diz a pesquisa da Heart and Stroke Foundation.

A American Heart Association diz que 60.000 americanos morrem, a cada ano, pela exposição a partículas poluentes do ar. E cerca de 6.000 mortes de canadenses são atribuídas a exposição de curto prazo a poluentes do ar, também anualmente. As pesquisas motram que 69% dessas mortes estão relacionadas a doenças cardíacas e cerebrovasculares. Estudos realizados nos últimos dez anos mostram um aumento consistente do risco aumentado para eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e derrame, relacionados a exposição de longo e de curto prazos a poluentes do ar.

Evidências associam os piores dias de poluição do ar (qualidade pobre do ar) com aumento do risco de doenças cardiovasculares, como hospitalização por ataques cardíacos e derrames.

O pior é que enquanto as pessoas com doenças pulmonares conhecem o problema e prestam atenção em como se proteger em dias de pior qualidade do ar, aqueles com doenças cardíacas desconhecem os riscos. Se forem observadas as estatísticas, em dias de maior poluição do ar, temos pelo menos 4 ou 5 vezes mais chance de ter um ataque cardíaco ou manifestar insuficiência cardíaca.

Estudos sugerem que os poluentes do ar podem danificar os vasos sangüíneos, facilitando o desenvolvimento da aterosclerose e do endurecimento dos vasos, além de alterar o ritmo cardíaco. Há um risco cumulativo com a exposição a longo prazo.

Pacientes com doenças cardíacas podem evitar complicações tomando as mesmas medidas preventivas de pessoas com problemas pulmonares, tais como: reduzir o esforço físico pesado ao ar livre, evitar sair ao ar livre, evitar vias de tráfego intenso, manter seus automóveis regulados e com os pneus calibrados, nunca queimar lixo, preferir transportes coletivos.

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